quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

As mudanças que as novas tecnologias da escrita ofertada pelo computador e pela Internet imprimem no meio educativo


A leitura eletrônica tem grande importância para a educação de um país, visto que, através dela possibilita ao educando maior entendimento sobre determinadas disciplinas, fornecendo aos discentes informações, interação e pesquisa. A pesquisa da Língua Portuguesa e outras disciplinas são necessárias pelo fato de a escola muitas vezes não disponibilizar de leituras orientadas pelos educadores, ou seja, ainda não é possível se encontrar na escola um conjunto de literatura paradidático, revistas atuais, assinaturas de jornais impressos. Sem esses meios de comunicação presentes no cotidiano da escola, os alunos vão de encontro com os meios eletrônicos.
A leitura eletrônica nos proporciona rapidez e agilidade. Sabemos que o tempo tornou-se nas últimas décadas um dos maiores inimigos da humanidade, sempre estamos correndo contra o tempo e a Internet nos ajuda a diminuir esse tempo. É bom considerar que tudo oferece vantagens e desvantagens, podendo-se utilizar o que for melhor para a leitura da vida.
Um dos problemas que se percebe no uso inadequado da Internet é a permanente utilização da linguagem em E-mail, MSN, orkut, a mesma é muito simbólica, resumida e tem prejudicado bastante a forma oral de muitas pessoas na comunicação da linguagem. Acontece que na maioria das vezes aquilo que se repete sempre perpassa para a oralidade da vida diária dos alunos, na escola, família e no grupo social que participa. Muitos em sala de aula estão constantemente utilizando palavras adquiridas na Internet. E os textos escritos na escola são bem abreviados em virtudes de tal situação.
O mundo gira em torno das mudanças tecnológicas que acontece a cada dia. As informações nos sites acontecem de forma acelerada, quando você se liga na Internet, as informações chegam de forma acentuada nos convidado a degustar delas. E na corrida da vida, estamos nesse processo dinâmico. Correr, correr e correr...
Não se pode negar que a Internet é uma biblioteca virtual que além de formar, ajuda no discernimento dos conteúdos que se quer ver, não se pode perder tempo com pesquisas inócuas é mais prudente a utilização para a construção de novos saberes. A “máquina” nos oferece um manancial de textos de qualidade, é imprescindível que as crianças, os jovens e os adultos acessem de forma consciente, objetivando conduzir a aprendizagem.
Pode-se até dizer que a implementação dessa tecnologia nas escolas vem sugerir uma tarefa a mais na formação dos professores que utilizarão o hipertexto em sala de aula. E, como resultado, teremos a diversificação das aulas maçantes em que o aluno apenas ouvia o professor e aceitava-o como única e possível fonte da verdade. Essa diversificação ... será alcançada através de outros instrumentos como o rádio, a televisão, o computador (ou mesmo a junção destes), deixando o aluno/indivíduo aprender com o mundo. Um dia passaremos nossa vida toda na escola; um dia passaremos nossa vida toda em contato com o mundo, sem que nada dele nos separe.”(McLuhan).
Atualmente se percebe que há algumas iniciativas por parte dos governos no que diz respeito à inclusão digital. É notório que falta muito para se tornar real a presença da leitura digital em nossas escolas, não são poucas as pessoas que não tem acesso a essas tecnologias.
Explorar conteúdos da Internet ainda é novidade para muitos, a maioria só sabe porque pagam na “Lan House” uns reais para acessar muitas vezes somente bate-papo, mns, orkut e outros utilizam computadores de amigos ou mesmo da escola, quando é disponibilizado para leituras e pesquisas no programas Linux Educacional.
A necessidade de ler livros ainda permanece intrínseca para alguns alunos, ler é trilhar num novo mundo, é pensar diferente é transformar as antigas idéias em novidades. Tudo em excesso é convite ao prejuízo, se utilizamos a Internet sem planejamento certamente poderá trazer prejuízos à leitura de livros.
No projeto político pedagógico da escola precisa-se colocar em evidencia a necessidade da aquisição do saber a partir da utilização planejada do computador, da Internet, com o objetivo de favorecer maior inserção dos docentes e discente no processo de leitura eletrônica contextualizada.


Autor: José Roberto Santos Sousa9+

PRODUÇÃO DO TEXTO:
O texto foi produzido a partir de uma pesquisa com os alunos da 2ª série do Ensino Médio – turno matutino do Centro de Ensino Antonio Corrêa.

Mudanças na Língua Portuguesa


Unificação da Língua Portuguesa

Alfabeto brasileiro passa a ter 26 letrasEstá para entrar em vigor a unificação da Língua Portuguesa que prevê, entre outras coisas, um alfabeto de 26 letras."A frequência com que eles leem no voo é heroica!". Ao que tudo indica, a frase inicial desse texto possui pelo menos quatro erros de ortografia. Mas até o final do ano, quando deve entrar em vigor o "Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa", ela estará corretíssima. Os países-irmãos Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste terão, enfim, uma única forma de escrever.As mudanças só vão acontecer porque três dos oito membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) ratificaram as regras gramaticais do documento proposto em 1990. Brasil e Cabo Verde já haviam assinado o acordo e esperavam a terceira adesão, que veio no final do ano passado, em novembro, por São Tomé e Príncipe.Tão logo as regras sejam incorporadas ao idioma, inicia-se o período de transição no qual ministérios da educação, associações e academias de letras, editores e produtores de materiais didáticos recebam as novas regras ortográficas e possam, gradativamente, reimprimir livros, dicionários, etc.O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros.Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado.No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.O que muda.As novas normas ortográficas farão com que os portugueses, por exemplo, deixem de escrever "húmido" para escrever "úmido". Também desaparecem da língua escrita, em Portugal, o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como nas palavras "acção", "acto", "adopção", "baptismo", "óptimo" e "Egipto".Mas também os brasileiros terão que se acostumar com algumas mudanças que, a priori, parecem estranhas. As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo".Também não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem".O trema desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça", "sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio.O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação do "k", do "w" e do "y" e o acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição).Outras duas mudanças: criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos", além da eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia".Antônio HouaissA escrita padronizada para todos os usuários do português foi um estandarte de Antônio Houaiss, um dos grandes homens de letras do Brasil contemporâneo, falecido em março de 1999. O filólogo considerava importante que todos os países lusófonos tivessem uma mesma ortografia. No seu livro "Sugestões para uma política da língua", Antônio Houaiss defendia a essência de embasamentos comuns na variedade do português falado no Brasil e em Portugal .Fontes para comentar o assunto:William Roberto Cereja - Mestre em Teoria Literária pela USP, Doutor em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Professor graduado em Português e Lingüística e licenciado em Português pela Universidade de São Paulo (USP), Professor da rede particular de ensino em São Paulo e Autor de obras didáticas.Marcia Paganini Cavéquia - Professora graduada em Português e Literaturas de Língua Portuguesa; Inglês e Literaturas de Língua Inglesa pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Pós-graduada em Metodologia da Ação Docente pela UEL, Palestrante e consultora de escolas particulares e secretarias de educação de diversos municípios e Autora de livros didáticos.Cassia Garcia de Souza - Professora graduada em Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Pós-graduada em Língua Portuguesa pela UEL, Palestrante e organizadora de cursos para professores da rede de ensino, Assessora pedagógica e Autora de livros didáticos.
Fonte: www.comunique-se.com.br